quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amor e palavras soltas ao vento


Vem. Escreve em meu corpo poemas de amor.
Percorre-o com traços definidos, com palavras doces.
Pincela-o com tinta cor de Lua, polvilha-o com Estrelas que indicam caminhos feitos de sonhos.
Tatua em mim todos os teus desejos.
Abraça-me forte, abraça-me sempre...
Olha para mim como só tu sabes fazer, com esses olhos onde cabe todo o mar.
Faz-me arrepiar, faz-me derreter nos teus braços.
Deixa-me passar os dedos pelas asas que ninguém vê, por penas e plumas cor de algodão e fio de prata.
Deixa-me respirar-te, absorver-te por um instante, para depois te soltar e amar...como só eu sei.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Poesia do coração


De tudo ficam três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando…
A certeza de que precisamos continuar…
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar…
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo…
Da queda, um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro…

Fernando Pessoa

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Impressão em tons de cinzento


Na estrada, marcas brancas no alcatrão...
Passam sem cessar.
No vidro frio das janelas, gotas de água...
Escorregam com uma alegria inusitada.
No coração, pedaços ameaçam soltar-se...
E cair no seu colo.

A neblina baixou na cidade.
Veste-a um manto frio.
Sorrisos tristes feitos de retalhos de sonhos.

Ele passa e acena.
Ela ergue a cabeça, e murmura o que lhe vai na alma.
Nada soa, nada sai.
A voz apagou-se.

domingo, 19 de setembro de 2010

Correndo o risco de me mandarem para um hospício...


É muito mau se vos confidenciar (parece que estou num confessionário, como se alguma vez tivesse estado num)...
...que tentei levar o meu Sushi Cat a passear na rua, preso por uma trela?
Eu sei, não é coisa de gato. E não resultou mesmo.
Mas era uma ideia tão gira...

sábado, 18 de setembro de 2010

Friends

Por vezes fico a pensar se os meus amigos sabem o quanto gosto deles, o quanto é bom tê-los na minha vida. Provavelmente não sabem.
Não tenho amigos a cada esquina. Os verdadeiros, os do coração, são poucos mas bons, como se costuma dizer.
Sinto que, por vezes, me deixo absorver demais pela minha vida. Não gira tudo à minha volta, não me considero uma pessoa egocêntrica, nem pouco mais ou menos. Mas não sou daquelas pessoas que se conseguem focar em tudo e mais alguma coisa. E acho que, por vezes, não dou toda a atenção aos meus amigos como eles merecem.
Mas os meus amigos verdadeiros, aqueles de quem gosto de coração, eles sabem bem quem são.
No sábado passado, faz hoje precisamente uma semana, fui ao casamento de um desses amigos. Já não falávamos há algum tempo, já não nos víamos há uns 5 meses mas, no dia do casamento, foi como se tivéssemos estado a beber café na véspera, como se o tempo não tivesse passado. É bom ter amigos assim, onde a amizade, o carinho, o bem querer estão acima de tudo, onde sabemos que podemos contar uns com os outros, onde sabemos que estamos à distância de uma sms, de um telefonema, onde sabemos que a amizade dessas pessoas não tem preço.
Adoro-vos a todos!!
:)

domingo, 5 de setembro de 2010

Coisas do coração


Quando se vive com o coração ao pé da boca,
Quando tudo é tão intenso,
As palavras que saem em torrente podem não ser as que queremos dizer.
Como se afasta o coração da boca para o peito?
Como é que se pára para pensar se os batimentos nos impedem de o fazer?